Ui/Ux
11 de jun. de 2024
5 minutos
A base de uma identidade visual sólida
Antes de abrir um software de design, é preciso mergulhar no posicionamento da marca. A identidade visual é o rosto do seu negócio — mas para criar esse rosto, você precisa entender a alma por trás dele. A identidade visual deve nascer de uma ideia clara: qual é o seu negócio, o que oferece e para quem.
Pesquise concorrentes, encontre um diferencial e defina a sensação que quer transmitir — confiança, inovação, exclusividade, leveza?
Comece com perguntas estratégicas:
O que a sua marca representa além do produto?
Que valores e emoções você quer transmitir?
Quem é o público e o que ele valoriza?
Escolha dos elementos visuais certos:
Cores: defina uma paleta principal (1–3 cores) e uma secundária de apoio.
Tipografia: escolha fontes que representem a personalidade da marca (serifadas passam confiança; sem serifa, modernidade).
Logo: deve ser simples, versátil e reconhecível.
Aplicações: pense desde já em como a marca aparece em redes, site e materiais físicos.
Consistência é tudo
Não adianta ter um logo bonito se cada post da marca parece de uma empresa diferente.
Crie um guia de identidade visual — um pequeno manual com cores, fontes, tamanhos e estilos de imagem.
Isso mantém tudo coerente e faz sua marca ser reconhecida à primeira vista.
Essas respostas definem o território emocional da marca, ou seja, o que as pessoas devem sentir quando entram em contato com ela.
Por exemplo, uma marca que quer transmitir exclusividade e sofisticação não pode ter uma paleta vibrante demais ou fontes arredondadas e infantis.
Já uma marca jovem e criativa pode ousar nas cores, nas formas e até na linguagem visual.
A base da identidade é, portanto, estratégica antes de ser estética.
Crie um pequeno manifesto da marca: um texto curto que resuma a missão, o propósito e a promessa. Esse documento vai servir de guia para todas as decisões visuais que virão depois.
Elementos visuais que constroem a percepção
Agora sim, entramos na parte visual. Cada elemento que você escolhe comunica uma mensagem — por isso, nada é aleatório.
Cores
As cores são responsáveis por 80% da percepção visual da marca.
Vermelho e laranja transmitem energia e ação.
Azul comunica confiança e tecnologia.
Verde é associado à natureza, equilíbrio e bem-estar.
Preto e dourado remetem à exclusividade e luxo.
Escolha de 2 a 4 cores principais e defina também suas variações secundárias.
Tipografia
As fontes também têm personalidade:
Serifadas (como Times ou Garamond) passam tradição e credibilidade.
Sem serifa (como Helvetica ou Poppins) soam modernas e diretas.
Manuscritas trazem um toque artístico ou afetivo.
Evite usar muitas fontes diferentes. Duas — uma principal e uma de apoio — costumam ser suficientes.
Logo
O logotipo é o símbolo mais memorável da marca.
Ele deve funcionar em diferentes tamanhos e contextos — desde uma assinatura de e-mail até a fachada de uma loja. Teste sempre o logo em preto e branco, pois isso garante que a forma, e não só a cor, é forte o bastante.
Aplicações
Pense em como sua marca aparece no mundo real: nas redes sociais, no site, nas embalagens, nos cartões, nas assinaturas de e-mail. A identidade precisa ser adaptável, mas sem perder a coerência.
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Consistência é o segredo da força visual
Uma marca forte é aquela que se repete sem parecer repetitiva.
Quando o público reconhece um post seu sem ver o logo, isso significa que a identidade visual está funcionando.
Crie um brandbook — mesmo que simples — com regras básicas:
Paleta de cores (com códigos hexadecimais)
Tipografias e tamanhos recomendados
Espaçamentos, margens e estilos de ícones
Exemplos de uso correto e incorreto do logo
Estilo de fotografia e direção de arte
Além disso, consistência não é rigidez. A marca pode evoluir e se atualizar ao longo do tempo, mas deve manter o mesmo DNA visual.
Por fim, lembre-se: a identidade visual não é só um projeto de design — é uma ferramenta de conexão emocional e posicionamento estratégico. Ela traduz visualmente o que sua marca é, o que acredita e o que promete entregar.
